A origem do microscópio remonta ao século XVI. Embora o conceito de ampliação e lentes fosse conhecido há séculos, foi nessa época que avanços significativos foram feitos no desenvolvimento de instrumentos ópticos para ampliar pequenos objetos.
O crédito pela invenção do microscópio composto, que utiliza múltiplas lentes para ampliar objetos, é frequentemente dado ao cientista holandês Zacharias Janssen. Por volta do ano de 1590, Janssen e seu pai Hans Janssen, fabricantes de óculos, construíram um microscópio colocando múltiplas lentes em um tubo. Este microscópio inicial foi um avanço significativo, pois permitiu maior ampliação e maior clareza em comparação com dispositivos de ampliação anteriores.
O microscópio de Hans e Zacharias Janssen tinha a limitação de sofrer de aberração cromática, onde cores diferentes focavam em pontos diferentes, resultando em imagens borradas. Esta limitação foi posteriormente abordada por outro cientista holandês, Antonie van Leeuwenhoek. No final do século XVII, Leeuwenhoek refinou o design do microscópio e desenvolveu suas próprias lentes poderosas. Ele alcançou uma ampliação notável e foi o primeiro a observar e documentar microorganismos, como bactérias e protozoários, usando seus microscópios.
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dispositivos simples e de lente única, conhecidos como "microscópios simples" ou "microscópios de Leeuwenhoek". Esses microscópios consistiam em uma minúscula esfera de vidro de alta qualidade montada em uma placa de metal, com a amostra colocada na ponta de uma agulha. Ajustando cuidadosamente a distância entre a amostra e a lente, Leeuwenhoek conseguiu ampliações de até 270 vezes.
O desenvolvimento e o refinamento dos microscópios continuaram ao longo dos séculos, com contribuições de outros cientistas notáveis como Robert Hooke e Ernst Abbe. O livro "Micrographia" de Hooke, publicado em 1665, apresentou suas observações usando microscópios e popularizou o uso de microscópios em pesquisas científicas.
Hoje, os microscópios tornaram-se ferramentas indispensáveis em vários campos, incluindo biologia, medicina, ciência dos materiais e nanotecnologia. Eles evoluíram para instrumentos altamente avançados, capazes de atingir níveis incrivelmente elevados de ampliação e resolução, permitindo aos cientistas explorar os detalhes intrincados do mundo microscópico.